sábado, 23 de abril de 2011

"Pelemania"?

A nova linha da Arezzo causou alvoroço no começo da semana. A empresa colocou no ar algumas peças publicitárias, em seu site, que antecipavam as próximas tendências da marca. Entre os modelos exibidos, havia uma página batizada de Pelemania. O texto dizia apenas: “Pelemania. Hit glamuroso da temporada. Não pode faltar no guarda-roupa da fashionista.” Nas imagens, bolsas feitas, aparentemente, com pele de animais.





Quando a coleção chegou às lojas, a imagem do aglomerado de pelos montado nas vitrines da rede começou a circular pela web com comentários raivosos contra o uso de pele (a repercussão foi grande, tanto na imprensa especializada quanto nas mídias sociais, onde ela começou, via Twitter). A empresa A Arezzo tirou rapidamente a peça do site e os produtos das lojas. Declarou  também que 95% dessa linha é feita com pele falsa e apenas 5% leva pele exótica (é como eles chamam determinados tipos de pele, como a de raposa). Isso dá um total de 4 produtos – um colete, uma bolsa, uma echarpe e o detalhe de um sapato – fabricados com pele de raposa e coelho, em pequena escala, com cerca de 100 unidades ao todo. A Arezzo ainda garante que as peles utilizadas passaram pelas obrigações legais que a comercialização desse tipo de artigo exige, com as devidas autorizações de órgãos responsáveis. Em respeito ao consumidor que se sentiu incomodado, a rede retirou todos os produtos das lojas no início da semana e divulgou um comunicado que diz: “Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa”. Explica-se: a Arezzo é uma empresa que tem 38 anos e nunca havia feito uso de pele verdadeira em seus produtos antes. Também não deve fazer de novo, segundo o que nos disse uma porta-voz: “Se a crise já era esperada? Não. Conhecíamos os riscos, mas não esperávamos esse tipo de reação do público – até porque a pele está sendo usada por muitas outras marcas do mercado brasileiro faz tempo”, completou.

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